Projeto Minutos com Deus
- O primeiro passo é conseguir autorização da Direção do hospital, onde vamos solicitar a realização de momentos devocionais de sete minutos em cada setor do hospital e durante o expediente, desde que o respectivo chefe de setor aprove. - O desafio será enorme, pois teremos as portas abertas para alcançar todos os funcionários, nem sempre evangélicos, vamos deparar com espíritas, ateus, católicos e até mesmo cristãos de outras denominações que ficarão na defensiva quanto ao projeto. - Na medida em que o projeto se desenvolver, Deus irá juntar um número crescente de irmãos, diáconos, presbíteros, pastores, evangelistas, voluntários ao grupo. - Contudo, ainda estaremos bem aquém das inúmeras “portas abertas”. - Os profissionais da saúde irão aos poucos percebendo a importância desses breves minutos na jornada de trabalho semanal. - Alguns fatores serão relevantes na execução desse projeto: * devocionais de sete minutos * literalmente; realização dos encontros no próprio setor onde cada equipe se encontra, facilitando o acesso de todos; temas voltados para necessidades pelas quais passam, como depressão, estresse, solidão etc.; mensagens cristocêntricas e evangelísticas. - O Projeto começa em determinado setor após uma conversa pessoal e privada com o respectivo chefe. - Compartilhamos a proposta enviada à direção do hospital, a aprovação escrita da direção e uma breve exposição do que pretende ser e alcançar tais devocionais no setor. - Mostramos as vantagens do ponto de vista interpessoal e de produção. Enfatizamos que, embora seja um trabalho da Capelania Evangélica e as mensagens sejam sempre baseadas na Palavra de Deus, o convite é para todos, independente de credo religioso. - Após a aprovação, o chefe do setor conversa com o grupo ou ele mesmo determina o melhor dia e horário para realização dos devocionais. - Geralmente, nas clínicas em geral, tem sido no início de cada plantão. - De manhã cedo, no início da tarde e no início da noite. - Nos setores onde a maioria dos plantonistas segue uma escala 12/36, sugerimos que sejam realizados dois encontros devocionais na semana, por exemplo, quarta e quinta, procurando alcançar o grupo inteiro. - Já nos setores administrativos, percebemos que há uma flexibilidade maior em termos de horário. - O início do Projeto em determinado setor é muito importante. - Alguém disse que nunca temos uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão! - Por causa da visão estereotipada dos evangélicos que muitos têm, é comum encontrarmos certa “desconfiança” velada logo no início. - A conquista ocorre ao longo de vários encontros. O trabalho de evangelização também. Iremos encontrar a necessidade de expandir o atendimento além dos sete minutos. - Na medida em que o Capelão que atende o setor se torna mais conhecido e íntimo do grupo, seus integrantes tendem a procurá-lo para aconselhamento e oração. - Nossa oração tem sido para que Deus desperte mais irmãos (as) para que nos auxiliem nesse projeto. - A “seara” tem sido literalmente muito maior do que nossos esforços. Enxergamos a obra de Deus nisso tudo. Enxergamos os resultados e, especialmente, os próprios profissionais da saúde têm enxergado os benefícios desse trabalho para suas vidas pessoais e profissionais. - Entre tantos casos, quero compartilhar um exemplo que demonstra a necessidade desse trabalho. - Há alguns anos atrás, um profissional de enfermagem nos procurou, após o devocional. - Pediu para que nós viessemos mais vezes a fim de orar pelos colegas e pacientes em geral. - O ambiente era muito pesado. - Particularmente, ele me exemplificou com o seguinte relato. - Fazia uma semana que uma mulher que se intitulava uma “bruxa” recebera alta. - Contudo, durante o período de internação, esta “bruxa” continuamente ameaçava: “eu tenho sete guias ao meu lado. Você tome cuidado comigo.”. Em outros momentos perguntava: “Você gostaria de conhecer os meus guias?”. Aquela mulher internada tinha sido vítima de um acidente de trabalho, quando seu caldeirão caiu sobre ela. Toda a pressão de trabalho, o estresse do cuidado médico, ainda por cima, a neurose e opressão espiritual que certos pacientes jogam sobre os profissionais da saúde, enfim, a carga tem sido muito grande para eles. - Que bálsamo para suas almas tem sido esses momentos nos quais eles podem saber que Deus os ama ao ponto de ter enviado seu próprio Filho para os salvar. - Que Deus tem um propósito para suas vidas e que, em Cristo, são efetivamente consolados e confortados, sentem-se protegidos e amados pelo Senhor. - Fico a pensar: e os outros hospitais? Certamente as necessidades se assemelham. São ovelhas sem pastor, para as quais nosso bom Pastor, Jesus, chama-nos, eu e você, a sua igreja, para nos juntarmos a esta obra que é de Deus e que nos concede o privilégio de participarmos!
Wanderley Nakayama Gonsales Autor do Projeto Minutos com Deus |